quarta-feira, 5 de março de 2008

O Estado sem Estado

Ontem, foi postado no site www.tudonahora.com.br um vídeo que mostra o espancamento de uma pessoa. A notícia, em um breve resumo, citava que a pessoa espancada foi confundida com um marginal.
Não quero e nem pretendo entrar em discussão, neste momento, sobre a atitude de se espancar até a morte uma pessoa, quem quer que seja essa pessoa. Pretendo apenas tratar dos motivos que levam a tamanha brutalidade.
Em Ciência Política e Teoria Geral do Estado, fomos apresentados aos "Contratualistas": Hobbes, Locke e Rosseau. Confesso que dos três, o que mais me chama atenção é Rosseau. Só que hoje vou citar Thomas Hobbes.
Filósofo inglês foi o primeiro a adotar o contratualismo como justificativa do Estado. Para Hobbes, o homem não é naturalmente sociável, agindo, no estado de natureza com extrema ferocidade para com os outros indivíduos. O homem vivia em constante estado de guerra. Daí vem a famosa expressão do "homem lobo do homem". Com isso, surge a necessidade de se criar algo que contenha a fúria humana, que seria o ESTADO.
Bem, com relação ao fato ocorrido ontem, o que se pode perceber é o homem voltando ao seu estado de natureza, agindo por seus próprios instintos, dando luz a sua fúria. Isto se deve ao buraco que existe do Estado para a população. O Estado não funciona, não cumpre suas funções primordiais e aí o homem retroage ao seu estado de natureza e, com as próprias mãos, atua no lugar do Estado.
O que será preciso acontecer para que o Estado, como ente político, atue em função primordial de controlar e harmonizar o convívio social?
Será que vamos voltar a época das cavernas????

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