domingo, 10 de fevereiro de 2008

O que damos como exemplo!

Não quero ser hipócrita com esse post e nem quero começar uma campanha anti-pirataria, tenho meus conceitos sobre esse assunto, mas não é exatamente sobre isso que quero falar agora.

Queria relatar um diálogo verídico que presenciei em Janeiro desse ano:

Um garoto de 6 anos e sua tia, que é promotora de justiça, estavam conversando sobre filmes de desenho animado:
Garoto: Tia, já assistiu o Bee Movie?
Tia: Ainda não.
O garoto volta com uma cópia pirata do filme na mão.
Garoto: Quer levar ele pra assistir?
Tia: Mas esse filme é pirata.
Garoto: E o que é que tem?
Tia: Não é bom assistir filme pirata, meu querido.
Garoto: Mas esse é bom, tem todas as cenas!
A tia quis explicar que era errado assistir filme pirata, mas para a geração jovem de hoje em dia isso já é tão natural que ele pensou que ela estava se referindo a qualidade do produto. Como disse no começo, não quero ser hipócrita, somente mostrar como o costume as vezes (no caso do Brasil parece que quase sempre) supera a lei e a própria noção do certo e do errado.

Poderia usar até outro exemplo, certo dia fui até a câmara dos vereadores de Maceió e descobri um dos maiores centros de produtos piratas da cidade, eles estavam vendendo CDs e DVDs piratas no estacionamento e na porta da câmara e sem dúvida alguns vereadores fazem parte da clientela desses empresários.

Com este tipo de exemplo o diálogo entre a criança e sua tia não poderia ser muito diferente.

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